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AGORA | BCN – Ballet Contemporâneo do Norte

27 de Setembro_ 21:30 | Covilhã_ UBI [auditório sessões solenes]

AGORA | BCN – Ballet Contemporâneo do Norte

AGORA é o título genérico do primeiro conjunto de peças de dança criadas para o programa curatorial €UROTRA$H, proposta desenhada por Rogério Nuno Costa para a re-invenção de uma ideia multifacetada de Europa, entendida enquanto conceito histórico, político, filosófico e estético. Procurando uma contaminação da criação coreográfica por metodologias, práticas e discursos oriundos de outras disciplinas artísticas e científicas, três criadores (Catarina Campos, Joclécio Azevedo e Jorge Gonçalves) foram desafiados a questionar a temática proposta a partir de uma citação de Aldous Huxley: “Europe is so well gardened that it resembles a work of art, a scientific theory, a neat metaphysical system. Man has re-created Europe in his own image”, in Wordsworth in the Tropics (1929). O projeto re-desenha, assim, uma (e)utopia pluralista e multi-cultural feita através da arte e das suas potencialidades sociais e políticas: a AGORA enquanto berço da missão democrática e livre que consubstancia o projeto europeu, e que urge, na contemporaneidade, re-pensar e re-criar.

 

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS – Joclécio Azevedo

Este trabalho é uma espécie de ensaio de desgaste, um teste de resistência e de flexibilidade mental para os intérpretes, assente numa estrutura de ações repetitivas que configuram uma paisagem saturada de gestos. A repetição obsessiva das ações conduz a diferentes modos de produção e de percepção do trabalho coreográfico, desenhado a partir de uma condição transitória, de algo que não pretende ser fixado em definitivo como objeto. As ações acumulam-se em combinações aleatórias entre a histeria e o entusiasmo exagerado. A peça configura-se também a partir de uma impressão provocada pela visualização de uma cena do filme “A page of madness” de Teinosuke Kinugasa (1926). Uma bailarina dança freneticamente dentro de uma cela numa instituição para doentes do foro psiquiátrico. O filme foi influenciado pelo surrealismo europeu, como é visível na utilização da edição e na combinação entre realidade, delírio, inconsciente e ficção. Em diálogo com este imaginário, onde o distúrbio afeta os sentidos e o movimento, ensaiamos uma transposição, um exercício de mobilização de atmosferas. Os gestos escondem-se dentro de outros gestos, procuram novas traduções e possibilidades que os transfigurem. Os intérpretes habitam o corpo como laboratório de experimentação mecânica e arriscam-se a perder o sentido.

Ficha Técnica_
Coreógrafos_ Catarina Campos_ Joclécio Azevedo_ Jorge Gonçalves
Bailarinos_ Carminda Soares_ Maria Soares_ Melissa Sousa_ Renann Fontoura
Direção Técnica_ Daniel Oliveira
Fotografia_ Miguel Refresco
Design & Artwork_ Jani Nummela
Curadoria & Documentação_ Rogério Nuno Costa
Figurinos_ Jordan Santos
Produção_ Ballet Contemporâneo do Norte
Apoios_ Junta de Freguesia de São João de Ver_ Paróquia de São João de Ver_ Tuna Musical de Santa Marinha_ mala voadora
Companhia financiada por_ Governo de Portugal / Direção-Geral das Artes
Apoio_ Câmara Municipal de Santa Maria da Feira
Género_ Dança
Duração_ 45 m

INTENÇÕES IMPALPÁVEIS – Jorge Gonçalves

Entre a constituição de uma concepção singular e, ao mesmo tempo, a proteção de uma dinâmica pluralista para preservar a diferença, o paradoxo existente no projeto europeu tem sido recorrentemente contestado por diversas ideologias e manifestações derivadas da atual conjuntura política e económica. Apesar da existência de um cepticismo contra os regimes vigentes, ainda existe um desejo de fazer e ser parte das várias comunidades. Mas, por outro lado, e devido às crises económicas e migratórias atuais, existe toda uma redefinição do que é a participação e recepção do outro, que desestabiliza as noções de inclusão e exclusão na Europa, questionando o trabalho em colaboração na reinvenção do espaço social. Como é que nos mobilizamos dentro das comunidades para uma transformação social e performativa, e como é que os artistas e a comunidade podem ter uma prática comum nesse processo coletivo de construção? Este projeto incide sobre as noções de imaterialidade e imaginário comum que se produz dentro de um coletivo temporário, residindo no limiar entre participação e contemplação, inclusão e exclusão. Como é que o espaço performativo se constrói a partir das perspetivas e dos protocolos que regem a inclusão da audiência num espaço comum? Uma série de situações são propostas pelos performers através de ações de convite, reconhecimento, provocação, intimidação e outras intenções.

 

PELO MENOS 77. – Catarina Campos

Da celebração dos trinta anos da queda do Muro de Berlim.
Muro. Ego. Cego. Um muro é uma barreira sem oxigénio que separa, distorce e danifica, contrastando a força e fraqueza de cada uma das duas realidades que são criadas.
São tantos os muros por desmurar.
Dentro. Em. Fora.
Os que vemos. Os que não vemos.
Os que falamos. Os que não falamos.
Os que confrontamos. Os que não.
Os que.
Os que não.
Construídos, são pelo menos 77.

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