ISRAEL | TEATRO PRAGA
20 DE DEZEMBRO_ 21H30 | BELMONTE_ AUDITÓRIO DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIAISRAEL | TEATRO PRAGA
ESPETÁCULO CANCELADO POR MOTIVOS NÃO IMPUTÁVEIS À ORGANIZAÇÃO DO FESTIVAL
SINOPSE
O amor pode ser um trabalho duro. Especialmente o amor que sentimos por um país. Pedro Penim está sentado em frente ao seu computador, o seu rosto aparece projetado numa tela. É difícil de dizer para quem e por quem ele fala: com o público, com ele mesmo, com o objeto de seu amor? Israel, aqui uma nação em forma de ficção, toma um rosto humano, como uma pessoa com quem é preciso viver. Penim identifica os contornos das imagens que temos do objeto amado -‐ não sem muitas vezes invocar a sua visão particular, portuguesa, sobre um tema que diz respeito a todos. Pedro Penim não é judeu, a questão da identidade judaica nunca tinha tido nenhuma importância especial para ele até agora. Nem foram interesses religiosos, económicos ou políticos que o levaram a identificar‐se com Israel. No entanto o seu confronto com este país e a sua história é profundamente pessoal. Israel é uma história de amor com uma terra que representa tudo: terror e asilo, caos e Jardim do Éden, o passado e a identidade. Um jogo fascinante à volta das noções de nação, ficção e intimidade: uma escavação arqueológica na história e nas emoções, uma declaração que se transforma num debate sobre o objeto desse amor. Este não é contudo um espetáculo documental, nem propõe uma aproximação pedagógica ao tema – a interpretação de Pedro Penim leva o espectador por um terreno movediço, onde as certezas, as representações e as opiniões são postas em causa a cada segundo. Voltaire disse que é preciso escolher entre países onde se sua e países onde se pensa. Em Israel (o país e o espetáculo) faz-se as duas coisas ao mesmo tempo. Sem um minuto de tédio. E se este espetáculo funcionar como é suposto, cada história individual será lida como a história de Israel, e a história de Israel será lida como a história de uma só pessoa. Membro do Teatro Praga, Pedro Penim evoca uma forma teatral que articula texto e vídeo, performance e instalação, filosofia e política, humor e dor, paradigmas do trabalho da companhia. Uma linguagem inovadora, sempre consciente da fronteira entre realidade e ficção. Um texto ofegante, uma linha de pensamento clara: Israel convida a lançarmo-nos a este trabalho amoroso.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Coprodução_ Teatro Maria Matos_ Teatro Praga | Criação e interpretação_ Pedro Zegre Penim_ Catarina Campino | Texto_ Pedro Zegre Penim | Iluminação_ Daniel Worm d’Assumpção | Produção_ Elisabete Fragoso | Duração_ 1h20m